EU VOU...
Portugal acerca de nuevo a Madrid una variada representación de su producción cultural. Espacios como el Círculo de Bellas Artes, el Teatro Albéniz, la Biblioteca Nacional, la Filmoteca Española, Casa de América o la Universidad Autónoma conformarán un escaparate de música, literatura, cine, ciencia, pintura, fotografía y artes culinarias, que estará abierto al público del 24 de octubre al 7 de noviembre.
En esta edición, ya la cuarta, de la Mostra Portuguesa, la embajada cultural lusa no sólo estará en la capital, también tendrá representaciones en Galicia (Vigo, A Coruña y Ourense), en Zaragoza y Cáceres. Además, se ha creado el Premio Luso Español de Arte y Cultura, de carácter bianual.
Las propuestas musicales incluyen conciertos del fadista Camané, y de Madredeus, el pop-rock de Cla, recitales líricos de Nuno Vieira de Almeida y Elsa Saque y un espectáculo basado en la suite Iberia de Albéniz, a cargo de la pianista Rosa Torres Pardo, con
José María Gallardo del Rey a la guitarra, baile de Lola Greco, poemas de Miguel Torga y escenografía de Eduardo Arroyo (el 6 de noviembre, en el Albéniz).
El cine y la literatura vienen unidos en esta cuarta Mostra Portuguesa, en la que habrá proyecciones, debates y encuentros entre el director Manoel de Oliveira y Agustina Bessa-Lluís -autora del libro en el que el primero basó su película Espejo Mágico- y entre Magarida Cardoso y Lídia Jorge -autora de La costa de los murmullos que Cardoso llevó a la gran pantalla-. La Filmoteca acogerá un ciclo de películas portuguesas y el Círculo documentales.
Muestras artísticas
El escritor angoleño Pepetela presentará su libro El tiempo de los flamencos. Las citas del arte incluyen exposiciones como Navío de espejos, del pintor surrealista Mário Cesariny (Círculo de Bellas Artes), Manufactura de Tapices de Portalegre (Fundación Carlos de Amberes) y las muestras de trabajos fotográficos Olhar inquieto (Casa de América) y Una mirada hacia Portugal desde España, de Navia (Universidad Autónoma). Las artes escénicas estarán representadas por la compañía lisboeta Chapito, con su montaje Talvez Camoes, inspirado en el célebre poeta luso.
La cultura gastronómica será servida en el hotel Castellana Intercontinental, a cargo del chef Leonel Pereira, con el patrocinio de Pousadas de Portugal.
El País
Gentilmente cedido pela minha compi Esther.
Onde andam os chinos à porta do metro quando mais precisamos deles???
Uma semana inteira de chuva.
Sair de casa de manha a chover e automáticamente cai uma pinga gorda bem no meio do olho recentemente maquilhado e ainda preguiçoso. Ploffffff…
A rua está em obras, e com a chuva torna-se num pantano em pleno centro de Madrid.
Entro no Metro, e esse sim está quentinho, ao contrário de mim que estou feita um pinto. “Tenho de comprar um paraguas”, penso diariamente, apesar de nunca o fazer. Odeio chuva…
Finalmente chego ao escritorio donde só saio ás 14h30 para ir almoçar. E novamente a chover. Os miseros 15 metros que tenho de percorrer até ao Corte Inglés sao suficientes para eu ficar novamente encharcada.
E assim chega 6 feira…
Vou passar o fds a Alicante, na esperança que o tempo esteja um bocadito melhor. E nao é que assim que chego me espera uma noite amena de primavera seguida de dois dias de sol quente, com a praia cheia de gente.
E assim passo o fds de papo para o ar, a apanhar solinho o dia inteiro.
Volto para Madrid domingo à noite. Assim que chego à Atocha e saio do comboio sinto um forte cheiro a chuva, terra molhada, castahas assadas e percebo que aquí a chuva nao foi de fds.
E assim começa novamente a semana. Pinga gorda bem no meio do olho, assim que saio de casa.
Como o tempo urge aqui fica o resumo:
- Todos os dias troco centenas de emails com a minha Robbie. As saudades matam e espero ansiosamente que chegue Dezembro, data em que ela nos vem visitar. Depois espero ansiosamente o inicio do próximo ano, data em que eu a vou visitar a ela.
- No passado sábado foi comida tipicamente portuguesa all day long. Almoço na casa da Elena com Bacalhau com Natas, preparado pela Teresa. À noite, jantar na casa da Patricia, Bacalhau com Espinafres. Os espanhóis adoraram, claro.
- O trabalho novo vai de vento em poupa. Depois de um começo com puente de 4 dias e meio, começo agora a encaixar nas promoções, na revista mensal, nas viagens, no plano de marketing, etc. Jacobo é o meu companheiro de trabalho que tem uma paciência de santo para me explicar todos os procedimentos. Suiço de pais espanhóis é espectacular e fala um espanhol que me faz sentir una envidea sana... A surpresa de que afinal só vou trabalhar Espanha. Os compis, na sua maioria homens, qué son super graciosos.
- O Luca que chega definitivamente na próxima semana para encher de alegria o coracón da minha Elena, e os nossos encontros com as suas gargalhadas italianas com acento italiano.
- O Chico que já chegou e já começou o seu trabalho de investigação num instituto aqui em MAdrid. Sofia em extase com novio, perro y piso. 8 meses sola deram os seus frutos.
- A Cris que procura piso para ir viver solita.
- A Teresa que vai e vem até Dezembro. Antes de ir, ainda vai... Comigo a Paris.
- As aulas de Francês que vou começar no trabalho, em horário laboral, pois está claro.
- As férias do próximo ano. duvidas...
- FDS em Alicante para visitar o meu do meio, que está farto de comer arroz...
- FDS em Granada para visitar ex compi de piso, la guapa Elena.
- As visitas dos amigos portugueses que vão começar a ter inicio já em Novembro.
E assim vai a vida em Madrid.
Depois de quase 9 meses em Madrid impõe-se um balanço que deveria ter sido feito aos 6 meses é claro que isso foi em Agosto, e nessa altura, temos pena mas não foi possível.
O balanço é largamento positivo. Posso dizer um pouco a medo que o desafio foi largamente superado. Para trás (e para a frente) ficam as saudades das pequenas e das grandes coisas que estão em Portugal, as longas horas passadas nos aeroportos, as insistentes lágrimas que sempre saltam na Portela, as noites e os domingos menos bons, as dúvidas em relação à escolha de partir, and so on.
9 meses depois (parece que vou parir, mas não) continuo a viver com a mesma alegria a minha estadia por aqui.
Os amigos que fiz e continuo a fazer, as canitas, a Chueca, a Gran Via, o Rastro e o Retiro nas tardes de domingo, as expressões espanholas que continuam a surpreender-me e a encantar, as 1001 opções do que posso fazer, as viagens à descoberta da España profunda e não tanto, os carrinhos de compras, as ruas limpinhas, ligar ao sábado à noite, o calor humano de quem vou encontrando por aí, as aulas de flamenco que me dão conta da cabeça, os dois platos aos quais no me acostumbro, o tapear em pé encostada ao balcão ao qual ya me acostumbré, as saudades do Tejo...
E principalmente, o que eu mais gosto em Madrid, é que não há rotina. Quando menos se espera a vida dá uma volta de cento e poucos graus.
A começar agora o meu novo trabalho vêm novos desafios. Agora que pensava que já estava completamente instalada à vida, costumes e sociedade, mais uma volta.
Agora sim, passo 8 horas diárias a falar e a ouvir espanhol, mais umas quantas a escrevê-lo, otras tantas a viajar por Espanha. Não é fácil, e a verdade é que todos os dias chego com um nervoso miudinho que não o teria se estivesse a trabalhar em Portugal.
O importante é que continuo a ADORAR.
E espero que por muito tempo...
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